Dilma evita 'mal estar' no PI e passa longe de obras paradas

Foto:Thiago Amaral

A visita da presidente Dilma Rousseff ao Piauí deve ser vista sobre dois pontos de vista. O de quem acredita que sua vinda realmente é no único interesse de fortalecer as políticas sociais, com investimentos na área da habitação e com a construção de barragens para combater a seca no Piauí.

Por outro lado, o lado político da visita não deve ser deixado de lado. Dilma incluiu também outras cidades nordestinas que, assim como Teresina, representaram um fracasso do Partido dos Trabalhadores nas últimas eleições, justamente o PT, que tinha no Nordeste o seu maior reduto eleitoral agora viu muitos de seus espaços serem ocupados por um adversário que precisa ser encarado como aliado até as eleições de 2014, o PSB, que tem o governador Eduardo Campos de Pernambuco como um dos mais bem avaliados do país.

Segundo matéria do jornal ESTADO DE SÃO PAULO, ‘A chegada da presidente nesta sexta no Piauí foi calculada para evitar mal-estar, já que há várias obras federais em atraso. Nas seis horas de visita a São Julião e Teresina, ela permanecerá longe do traçado da ferrovia Transnordestina, um dos maiores gargalos da política de infraestrutura do governo. Dos 1.280 quilômetros da ferrovia, 387 quilômetros estão no Piauí. Há dois anos, Dilma afirmou que pretendia entregar a ferrovia até 2013.’

A construção do trecho de Eliseu Martins da ferrovia, no sertão piauiense, a Salgueiro, no semiárido pernambucano, estava prevista inicialmente para ser entregue em 2010. Pelos cálculos de técnicos do governo, só 20% dos trilhos foram colocados. ‘A situação das obras do PAC no Piauí estão na normalidade da média no Brasil’, diz Mirocles Veras, coordenador do programa no Estado.

O jornal informa ainda que nesta sexta-feira(18), Dilma pretendia inaugurar pelo menos o Sistema Adutor de Piaus, nos municípios de São Julião e Pio IX, no sul do Estado, previsto para ser entregue no primeiro semestre do ano passado. O Planalto chegou a receber a informação de que as adutoras estavam quase prontas.

 O Ministério da Integração Nacional, no entanto, não conseguiu terminar a obra. A assessoria de comunicação do Planalto manteve o deslocamento de Dilma a São Julião, mas anunciou que será apenas uma ‘visita’ à obra, que, pela última previsão, será entregue em março ou abril. 

Fonte: 180 Graus